sábado, 27 de agosto de 2011

GENEROSIDADE: o papel do professor

REPUBLICANDO DE WWW.GEOEDUCADOR.XPG.COM.BR - 2006


                                                                                      Por Simone Nascimento de Souza*
A luta do professor
    A atualidade sucinta uma reflexão sobre a relação professor - aluno. Temos, cada dia mais, a necessidade de se preservar o valor da educação enquanto pressuposto básico da formação social dos cidadãos. A escola pede ajuda à medida que surgem novos valores artificiais, produzidos pela Globalização e se impõe, ameaçando o futuro da escola no seu mais amplo significado.

         A importância da boa relação entre professor e aluno ganha mais ênfase nos dias atuais. A aceleração da transmissão e manipulação de informações, obtida com o avanço das novas tecnologias de informação e comunicação
(NTIC'S) e sua disseminação com a Globalização trouxe novos padrões de relações sociais que dificultaram a tarefa do professor que, se vê obrigado a buscar uma incessante atualização que só acontece às custas de um árduo exercício de avaliação crítica a fim de filtrar as informações passadas pela mídia.
     O esvaziamento das
relações sociais, ocorrido com a disseminação das "relações virtuais", onde a não necessidade do encontro físico, a não necessidade de se olhar nos olhos, forma gerações cada vez mais artificiais, culminando em uma massa que somente (ou quase na maioria das vezes) busca socialização na solidão.
     Cada dia que passa, o mundo da ciência e da técnica aprofunda a noção de
individualidade e competição. Professor e aluno são dois sujeitos que também se encontram nesse contexto, por isso, há uma dificuldade do professor propiciar uma formação que capacite o aluno a lidar com essa situação, visto que, o próprio professor já tem que enfrentar essa realidade. Ao professor, cabe mais do que, simplesmente, formar técnicos capazes de vencer a competição; cabe, ao professor, ajudar o aluno a encontrar o seu lugar no mundo, a exercer plenamente a sua cidadania; cabe, ao professor, mais do que tudo, formar o cidadão.
     Quanto à interferência no processo de formação da cidadania do aluno, mais precisamente, a importância da escola enquanto local de formação, podemos dizer que ela é o espaço de socialização mais eficaz, uma vez que, nela, o aluno se depara com uma diversidade maior de pessoas, necessidade de tarefas intelectuais, provocando uma quebra de rotina que ocorre em função do limitado convívio social (limitado em termos de variedade) no reduto familiar, amigos ou igreja. A diversidade é um fator crucial na formação do cidadão.
     O professor é um modelo para o aluno, a identificação que o aluno tem com o professor é algo de suma importância para a formação desse primeiro, a relação de carinho é impulsionadora para o aluno ter o desejo de aprender e, se o professor é um ponto de referência, um modelo de cidadão passível a ser seguido, o aluno, ao buscar tornar-se cidadão, a exemplo do professor, estará a passos de uma boa formação, uma vez que parte de uma boa referência. As falas, as atitudes do professor são percebidas pelo aluno; o professor ganha
poder. Isso se dá no inconsciente do aluno.
      Mas o professor tem de ter muita atenção para que isso não torne a relação entre ele e o aluno, uma relação demasiadamente vertical, o professor não pode usar desse poder em prol de separar-se dos alunos por encontrar-se "patamar mais alto", pois assim seria mais fácil, porém perigoso, o professor estaria abandonando a responsabilidade de tornar o aluno, cidadão, uma vez que estaria colocando, este último, em uma condição de eterna subjugação.
     Podemos perceber, então, que o professor encontra muitas dificuldades de propiciar ao aluno, uma autonomia cidadã; com isso, espera-se que o professor exerça, sim, a sua autoridade, mas que essa venha da sua competência e generosidade, que o professor tenha
amor aos alunos e tenha a noção que eles são o futuro e que, esse futuro, pode ser muito promissor se estiver abarrotado de pessoas dignas, críticas, enfim, cidadãs.

Texto baseado no Artigo de: GOMES, Márcia P. R. de Magalhães. A importância da relação professor-aluno na construção de conhecimento, extraído de http://www.educacão pública.rj.gov.br/biblioteca/educacao/educ57.htm em 11/09/2005

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Simone  de Souza Graduada em  Pedagogia pela UERJ

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