Cena 1 – Tentativa de reencontro:
Os olhos fitam o papel, a caneta a postos à mão direita que carrega consigo, no pulso, o relógio, testemunha dos tempos passados. Os mesmos marcavam 10:37h pm. Era noite do dia vinte e quatro de janeiro de dois mil e seis.
Cena 2 – O tremular das letras:
A distancia severa do prazer da escrita havia levado a astúcia do desenhar das palavras, então, póstumo ao contato da esferográfica ao caderno, permaneceu um balangar de traços tortuosos que, embora enfeiassem o documento original, não retiravam a beleza da estória a ser contada. Após tantas noites sem o desabafo cotidiano, começava a humilde tentativa de pazes com a caneta e o papel e, novamente, se estava “escrevendo uma vida”.
Cena 3 – Perseverança:
E se começava o texto, o sono se embala, ajudado pela preocupação com a vida, somado à baixa luz proporcionada pelo lustre em cúpula de vidro esbranquiçado. Não é fácil iniciar. Como se inicia uma estória iniciada? Como contar um filme a partir de sua metade? Procede a anterior apesar de ser, a vida, uma única, longa e curta história de estórias.
Cena final:
Começa a história...
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