O bairro do Tinguá nesse contexto possui grande potencial. Com sua proximidade do Rio Iguassú - antiga rota de escoamento de ouro das Minas Gerais e posteriormente, do café- a localidade foi estrategicamente escolhida para a construção da Estrada Real do Comércio, primeira estrada construída exclusivamente para o escoamento do café do vale do Paraíba que após cortar a serra do mar, descendo no Maciço do Tinguá, completava sua rota pelo rio Iguassú até desembocar na Baía de Guanabara no Porto Estrella. Com a crise do abastecimento de água da Capital, o Rei decidiu procurar novos mananciais para a captação. Novamente o Maciço do Tinguá mostrou sua importância. Juntamente com Rio D'Ouro e Xerém, recebeu os trilhos da linha auxiliar da Ferrovia Dom Pedro II - empreendimento feito exclusivamente para esse fim e que posteriormente teve seu uso estendido aos passageiros da Iguaçu Velha. Para preservar esses mananciais a corôa decretou a preservação do Maciço que já no século XX foi elevado à categoria de "Reserva Biológica" (ReBio), uma das mais intocáveis do país.
As fotos que veremos adiante são um pouco de tudo. Monumentos Históricos, Atividades do setor primário como a agricultura, áreas de Mata Atlantica preservada na APA (área maior que inclui até mesmo o centro do bairro) e a aposta no reflorestamento. Essas fotos foram tiradas durante a 5ª Jornada de Educação Ambiental promovida pela ONG Onda Verde com patrocínio da Petrobrás Ambiental.
Fotos 1 e 2: Fazenda São Bernardino - Marco Histórico da Cidade. Um dos exemplares mais completos de fazendas coloniais, a fazenda foi um presente (um dote) do Comendador Francisco Soares para seu genro Bernardino de Melo ao casar-se com sua filha. Tombada pelo Patrimônio Histórico e Cultural e abandonada pelas autoridades a construção do século XIX luta para não ser novamente tombada pelo Patrimônio Cruel do Tempo e do Esquecimento.
Figura 3 (esquerda): Estação de Cava e Figura 4 (direita): Estação de Tinguá. Estações do ramal da Linha Auxiliar da Ferrovia Dom Pedro II.Mais recente, essa estação data de 1917.
Figuras 5 e 6: O campo dentro da Cidade. A agricultura ainda é uma atividade muito realizada em meio à urbana e paradoxal Região Metropolitana. Na ocasião a terra tinha acabado de ser arada pela manhã (foto à tarde).
Figuras 7,8 e 9: Reflorestamento na Fazenda Atlantica com espécies nativas. À direita a plantação de Imbaúbas, no seguno estágio de regeneração da Mata Atlântica. A Fazenda Atlântica que tem como lema o "lazer e a preservação da Natureza".
Figura 10: Mudas para reflorestamento. O Trabalho da Ong Onda Verde visa priorizar a restauração da Mata Ciliar (da margens dos rios) para preservar os manaciais através do projeto Cuidando da Águas).
Figuras 11 e 12: Trechos do córrego que passa dentro da Fazenda Atlântica. Parte dele é represado para a formação de uma piscina natural.
Figuras 13 e 14: Esculturas. À esquerda uma simpática arara e à direita um temido jacaré. Para os mais desapercebidos eles nem podem ser notados ou então causar um susto considerável.
Figuras 15 e 16: O transporte no passado. Esculturas mostram os meios de transporte da produção no século XIX.
Figura 17: Umas das expositoras da 5ª Jornada de Educação Ambiental, que foi realizada entre os dias 27 e 28 de maio dentro da Fazenda Atlântica. Na ocasião a representante do Instituto Estadual do Ambiente - INEA - estava palestrando sobre o programa Coleta Seletiva Solidária.
2 comentários:
Ola; gostaria de saber se teria como fazer um editorial de moda na primeira foto do monumento histórico de Nova Iguaçu.
Postar um comentário