SÉRIE PENSANDO - LITERATURA - CRÔNICAS
por Edson Borges Vicente* 06/05/2010
Hoje percebi que reduziram o intervalo entre um ônibus e outro no centro de Nova Iguaçu. Por ironia, porém, constatei que o tempo entre a partida dos mesmos e a chegada em seus destino aumentou. É que a nostálgica cidade-perfume envelheceu. Conhecida como “mamãe” da Baixada, ela não deixa de lado sua herança de filha: filha do Rio.
Parado em um dos cotidianos engarrafamentos da Via Ligth eu me toquei - por não estar com o celular com radinho ligado na Alfa FM como de costume – que a atual Cidade-Shampoo é igualzinha à sua metropolitana mãe: crescimento desordenado, péssima infra-estrutura, ineficaz planejamento urbano, etc... Tudo o que faz com que muitos gastem mais tempo entre as baldeações, ao ir e vir para o trabalho na cidade maravilhosa, do que efetivamente trabalhando.
Foram quase trinta minutos em um percurso de pouco mais de cinco quilômetros. E o tempo é cruel quando só se ouve “a voz do Brasil” nas estações de rádio (oficiais). Que ironia! Logo eu que sempre dizia: “odeio a Central do Brasil”; “odeio a Av Brasil”. Pouco diferem do calçadão iguaçuano e a Via Dutra. Afinal, “filho de peixe peixinho é!” Ou melhor: “Filha do Rio peixinho é”.
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