Postado em 20/7/2011 blog do CEDERJ -
Dizem por aí que estudar a distância é mole. Realmente é mole, como a gelatina! Por isso precisamos de uma colher para apanhá-la, caso contrário escorregará entre os dedos. Até mesmo para quem passou por uma estadia recente de cinco anos em uma universidade, mergulhar na experiência da EAD é complicado. É necessário desprender muita dedicação, tempo e iniciativa para desenvolver a autonomia, palavra quase mandamento para quem se aventura nesta modalidade de ensino.
Do ponto de vista da qualidade de ensino fica inquestionável o fato de não haver muita disparidade entre o desempenho dos formados semi e presenciais. Até por que muito sabemos que uma parcela considerável dos graduandos presenciais trocam seu posto na sala de aula por um lugar na Chopada mais próxima com bastante freqüência. De todo modo, podemos afirmar - a partir das ementas e cadernos didáticos - que os conteúdos utilizados (ao menos pelo CEDERJ) são vastos e satisfatórios. Até mesmo por que a autonomia pressupõe uma formação paralela - e voluntária - do próprio aluno em pesquisas, fóruns, congressos e leitura complementar.
No que tange à "falta" relação professor-aluno, tão alardeada como o pecado capital da EAD, podemos salientar - no mínimo e com tranqüilidade - que na sociedade em que vivemos a relação perfil-perfil, perfil-fake, blogueiro-leitor entre outras do universo da informação digital se dão, muitas vezes, muito mais intensamente do que a relação pessoal - ainda que não venhamos a concordar com isso do ponto de vista humano. Muitos de nós - ou mesmo todos - corremos o risco ou já nos deparamos com uma situação inusitada: encontramos uma pessoa na rua e mal dizemos um "oi" ainda eu ela esteja no topo do ranking de postagens na sua comunidade ou que percamos vários minutos ou horas "teclando" com ela em programas ou sites de mensagens instantâneas. Fora o fato de nem sempre a relação pessoal entre professor-aluno se dar da melhor maneira possível (e isso posso falar de cadeira).
De certo modo, a escolha pela EAD pode ser feita em função da indisponibilidade do tempo para a freqüência no estabelecimento de ensino. É notório o fato de grande parte dos alunos estarem na faixa etária média dos 30 anos - e conseqüentemente apegados ao trabalho e/ou às responsabilidades familiares. Isso revela um aspecto fundamental do ensino a distância que é a inclusão. Uma chance para quem deseja uma formação em nível superior ou quem - como é o meu caso - sonha em ter uma segunda titulação em área afim e não tem condições para enfrentar mais uma jornada de quatro ou cinco anos e uma universidade presencial.
Dito tudo isso fica a expectativa de não morrer na praia. Afinal, é uma jornada longa e muitas horas ainda restam de vanegação parada, de presença na poltrona do computador ou com o lap top na cama, com os livros nos ônibus nos pdf´s. Aí não posso mais falar nada a respeito, pois embora já tenha vivenciado uma experiência de EAD alheia, desta vez é a minha vez e ainda preciso dar minhas primeiras braçadas nesse mergulho misterioso e - espero - fascinante pela universidade virtual e pela EAD no CEDERJ. Essa história começa aqui e creio ainda teremos muito mais história pra contar, estudar e viver.
Edson Borges Geoeducador - www.geoeducador.blogspot.com
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